"Lacticínios não são paleo!"

(Imagem descaradamente roubada do mister Google.)


Pois não. Na Idade da Pedra a malta não comia queijo ou iogurte, é um facto. Mas, tal como explicámos na primeira publicação, tentamos fazer uma alimentação baseada na do paleolítico... Mas adaptada aos dias de hoje e, nesta linha, de vez em quando consumimos queijo e iogurte. A lógica é sempre a mesma: procurar produtos o menos processados possível e feitos com coisas de verdade e nomes que saibamos o que são.

Vamos lá... Leite, a malta aqui não bebe. Não somos bezerros, logo o leite de vaca não é para nós (a lógica é simples, não é? Acreditem, a natureza sabe o que faz. O leite puro dos mamíferos serve para engordar as crias e dar-lhes os nutrientes necessários até se conseguirem desenrascar sozinhas. Nos humanos a história é a mesma, portanto leite só nos faz falta o materno.) E mais, no leite de origem animal está presente a lactose (açúcar natural do leite), dificilmente digerida por muitas pessoas.

«Então porque não bebem leite mas comem queijo e iogurte?»
Quando falamos de queijo vem a parte boa! Aqui não entram queijos frescos, light ou outros do género. Queijos curados, bem amarelos e com casca é que interessam.
Quanto maior o tempo de maturação do queijo, menos lactose (parece que durante o processo de fermentação as bactérias alimentam-se da terrível lactose e transformam-na em ácido lático). Assim, nos queijos mais curados a lactose diminui exponencialmente e a % de hidratos de carbono chega a ser quase nula. Logo, de vez em quando comer uma bela fatia de queijo bem amarelo não tem absolutamente nada a ver com beber leite - podem baixar as armas que já estavam aí em riste.

Igual conversa para o iogurte. Fermentação = transformação de lactose em ácido lático. O grego natural então é do melhor, sem qualquer adição de açúcar. Composto apenas por leite, nata e culturas lácteas (Se compararem com iogurtes normais, adoçados e com aromas, até dói. É uma lista infindável de conservantes, açúcar escrito de 27 maneiras diferentes, reguladores, aromatizantes... Basta pensar, certo?). 
Nos queijos é procurar aqueles que no rótulo só tenham leite (de vaca, ovelha, cabra...), coalho, sal, especiarias e por aí fora. Conservantes, E's e cenas que ninguém sabe o que é nunca serão um bom sinal. (Os queijos da ilha, seja a marca que for, são sempre "limpinhos". Aparentemente, a malta dos Açores sabe o que faz. Nós aqui na caverna agradecemos.)

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